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Os ataques de hackers que usam sites falsos de bancos, de comércio online e de milhagem de empresas aéreas para roubar dados dos internautas não param de crescer. Segundo levantamento do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de segurança no Brasil (CERT.br), houve aumento de 51% nas notificações de páginas ‘piratas’ no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2011.

Em relação ao mesmo período do ano passado a alta foi de 32,9%. As notificações de tentativa de fraude passaram de 10,3 mil nos primeiros três meses de 2011 para 13,4 mil este ano.

As notificações não são necessariamente ataques consumados. “É o registro de que existiu uma ameaça, o usuário identificou e informou a entidade”, diz Marcelo Lau, professor de Gestão de Segurança da Informação da Fiap. “O positivo é que isso indica uma conscientização de que se ele avisar da tentativa de golpe da qual foi alvo pode ajudar a evitar que mais pessoas sejam atingidas.”

Sofisticação
O lado ruim é que os criminosos virtuais sofisticam seus ataques. “Os sites são perfeitos e com alta capacidade de ludibriar o internauta”, diz Lau. “Os fraudadores são espertos e as empresas que têm sites imitados ainda estão aprendendo a se defender”, diz Ricardo Holderegger, professor de TI do Instituto Mauá de Tecnologia. “Os sistemas têm suas vulnerabilidades porque tudo é muito novo e muda rápido.”

As fraudes crescem mais do que as vendas de computadores. Entre desktops, notebooks, netbooks e tablets, devem ser vendidas 17,9 milhões de unidades em 2012, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada semana passada. É um aumento de 10,5% comparado a 2011.

Em um dos mais recentes golpes, os hackers mandam mensagens para a vítima usando nomes de amigos do Facebook. Os especialistas destacam ainda duas fraudes que devem crescer nos próximos anos: as que trazem vírus nos links encurtados de URL e os que atingem os dispositivos das TVs ligadas à internet. Páginas falsas das redes sociais também começarão a surgir com frequência.

Fonte: Jornal da Tarde por Suzane G. Frutuoso